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Empresária de Barueri se apaixonou e casou com ladrão osasquense que a assaltou

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Fotos: arquivo pessoal / reprodução

Uma empresária de Barueri tem uma história de amor pra lá de inusitada: ela se apaixonou pelo ladrão que a assaltou e casou com ele, que é de Osasco. “Não me chame de doente, porque não sou”, afirma.

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A história de amor começou quando Emerson anunciou o assalto a Lana, que trabalha com entrega de produtos farmacêuticos, em 2018. O caso foi contado na “Veja São Paulo”.

A mulher relata que o ladrão entrou no carro pelo lado do passageiro, pediu que ela ficasse quieta e, quando se tranquilizou em meio ao assalto, lançou um olhar “diferente” e perguntou se ela era casada ou namorava: “solteira”.

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O criminoso estava interessado apenas na carga de produtos no veículo. Após dar voltas com ela no carro, pediu que ela pegasse os pertences e saísse. Deu R$ 20 para que a mulher pegasse um táxi para ir para a casa e pediu o número do WhatsApp dela para avisar onde deixaria a Fiorino dela após levar a carga, já que não queria o carro.

“Recuperado o Fiorino, mandei uma mensagem agradecendo. No dia seguinte, ele me mandou um ‘bom-dia’, perguntou se eu estava calma e se podia continuar com meu contato. E eu disse que sim. No próximo dia, ele continuou mandando perguntas e conversávamos como se o assalto nunca tinha acontecido”, contou Lana, à “Veja São Paulo”.

Após 15 dias, ele a chamou para sair. Ela titubeou e o provocou para que fosse ao endereço dela. Emerson foi e os dois passaram a noite conversando, conta.

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Lana diz ter dado um ultimato para ele: os dois só sairiam se ele passasse a trabalhar para ela, e sem roubar nada. Ele topou.

Dias depois, Emerson a pediu em namoro e ela aceitou. Mãe de três filhas, Lana conta que sua família não foi contra o relacionamento, mas perdeu amigos contrariados ao descobrirem como começou sua história de amor. “As pessoas acham que o que senti foi um distúrbio, que confundi ter medo com amar, mas não tenho dúvida de que gosto dele”, relatou, à “Veja São Paulo”.

A empresária afirma que o amado é bastante carinhoso e brincalhão e pediu o reconhecimento de paternidade socioafetiva das três filhas dela, de 15, 10 e 4 anos.

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O casamento no civil aconteceu no ano passado, com uma festa em uma comunidade no Jaguaribe, em Osasco. Os dois planejavam casar também na igreja, mas tiveram de adiar os planos. Emerson foi preso. Segundo ela, por ter sido reconhecido por um assalto cometido antes de os dois iniciarem o romance.

Ele aguarda julgamento e, se condenado, pode pegar até seis anos de prisão. Por conta da pandemia de covid-19, os dois não se encontram pessoalmente desde março. Têm mantido contato por cartas ou videochamadas de cinco minutos intermediadas pelo presídio.

Lana espera que o amado saia da prisão para uma nova vida: “Tudo que ele queria era conhecer alguém que mudasse a vida dele e, graças a Deus, Emerson sairá de lá uma outra pessoa”, afirmou ela, que pretende escrever um livro sua sua história de amor, à “Veja São Paulo”.

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