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Crianças e adolescentes de abrigos de Itapevi poderão ganhar padrinhos afetivos

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Foto de assistente social conduzindo duas crianças
Foto: divulgação/PMI

A partir desta segunda-feira, 31, crianças e adolescentes que moram em um dos dois abrigos administrados pela prefeitura de Itapevi poderão ganhar “padrinhos afetivos” da cidade ou da região. A entrada do município no programa Padrinho Afetivo, criado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), foi oficializada em cerimônia realizada na Câmara Municipal na última quinta-feira, 27.

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A versão municipal do programa é uma parceria do TJ-SP com o Ministério Público e a Secretaria de Desenvolvimento Social, Defesa da Cidadania e da Mulher de Itapevi. A ação tem como objetivo criar vínculos entre os moradores e as crianças e adolescentes em condições de abrigamento, para estimular o desenvolvimento dos jovens e a sua integração à sociedade.

Os dois abrigos de Itapevi têm capacidade para 20 crianças cada. São destinados a crianças e adolescentes acolhidos pelo poder público que, por medida de proteção, foram afastadas do convívio familiar. O programa oferecerá a eles a oportunidade de se relacionar com outras pessoas, construir vínculos e ter referências de participação familiar e cidadania.

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“É gratificante perceber que há muitas pessoas dispostas a darem carinho e amor para as crianças e adolescentes em acolhimento”, disse o prefeito Igor Soares, durante o lançamento da ação. “Com o apadrinhamento, vamos conseguir dar mais dignidade para elas”.

“O programa abre uma nova possibilidade de desenvolvimento para os jovens abrigados”, diz Elaine Freitas, secretária de Desenvolvimento Social, Defesa da Cidadania e da Mulher. “Agora temos ferramentas jurídicas e legais para isso”, disse.
Para Renata Moreira, juíza da Vara da Infância e Juventude de Itapevi, “o apadrinhamento afetivo traz esperança no renascimento dos vínculos afetivos”.

No lançamento do programa, Sheila Carneiro, técnica do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, apresentou a uma palestra sobre adoção aos presentes. Segundo ela, o tempo médio para se iniciar o convívio com os jovens varia de três a seis meses, contando o início de processo de adesão ao programa. “O mundo apresenta coisas boas e felizes desde que o adulto possa ajudar essas crianças e adolescentes a construírem referências éticas, morais e de cidadania”, disse.

Como se tornar um Padrinho Afetivo?

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A partir de segunda-feira (31), os interessados em participar do programa devem procurar o Setor Técnico da Vara da Infância e da Juventude no Fórum de Itapevi (Rua Bélgica, 405 – Jardim Santa Rita). As inscrições serão feitas de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30.

O papel dos padrinhos é dar suporte educacional e afetivo aos afilhados. Eles serão responsáveis por visitar a criança ou adolescente e, mediante autorização e supervisão, poderão realizar passeios e até mesmo viagens em finais de semana, feriados, aniversários dos afilhados e nas férias.

Podem ser padrinhos ou madrinhas pessoas ou casais a partir de 21 anos de idade, desde que respeitada a diferença de 16 anos entre os tutores e seus afilhados. É fundamental ter disponibilidade de tempo para oferecer atenção e afeto. Além de itapevienses, podem ser padrinhos moradores das cidades de Osasco, Carapicuíba, Barueri, Jandira, Cotia, Itapecerica da Serra, Embu das Artes, Embu Guaçu e Taboão da Serra.

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Numa primeira fase, serão promovidas três oficinas de orientação para padrinhos e madrinhas. Em seguida, será realizado um encontro lúdico com os jovens, processo no qual há o chamado “pareamento” entre as crianças e adolescentes e seus futuros tutores. “É o processo de descobertas de afinidades e não de escolhas”, explicou Sheila Carneiro.

Para saber mais sobre o programa e como fazer para ser um padrinho, basta entrar em contato pelos telefones (11) 4141-7933 e 4142-8340.

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