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Jovem de Carapicuíba é um dos mortos em Paraisópolis

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Eduardo deixa um filho de dois anos

Morador da Cidade Ariston, em Carapicuíba, Eduardo Silva, de 21 anos, é uma das nove pessoas que morreram pisoteadas durante a repressão policial a um baile funk em Paraisópolis, na zona Sul de São Paulo, na madrugada deste domingo (1º). Eduardo deixa um filho de dois anos.

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O corpo de Eduardo é velado nesta manhã próximo à casa onde ele morava, na rua Colômbia, Cidade Ariston, e o enterro acontece na tarde desta segunda-feira (2), no cemitério de Carapicuíba.

O tenente-coronel Emerson Massera, porta -voz da Polícia Militar, afirmou que policiais usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio em  reação ao ataque inicial de bandidos que atiraram contra as viaturas e seguiram em direção ao local onde ocorria o evento, também conhecido como ‘pancadão’.

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A PM informou que cerca de 5 mil pessoas participavam do baile e que policiais usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio em reação a um ataque inicial de bandidos que atiraram contra as viaturas.

“Os criminosos utilizaram as pessoas que estavam frequentando ali o baile funk como uma espécie de escudo humano para impedir a perseguição policial, o trabalho da polícia”, afirmou.

A PM diz também disse que os vídeos que mostram agressões de policiais serão analisados.

Apuração

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Segundo a PM, o caso agora segue para apuração na Polícia Civil e também será feito o Inquérito Policial Militar para apurar se houve alguma falha no procedimento.

Moradores de Paraisópolis fizeram um protesto na noite deste domingo contra supostos abusos na ação policial e pedindo justiça.

O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, disse à TV Globo que a Polícia Militar precisa rever o modo como atua em relação a bailes funks e pancadões em São Paulo.

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“Falei com o corregedor da PM e solicitei que ele avocasse a investigação. Toda intervenção policial em baile funk tem que chegar antes do evento. Intervenção policial quando há cinco mil pessoas na rua, o conflito é inerente. Há necessidade de mudar o protocolo da PM sobre bailes funk”, disse o ouvidor.

“Foi uma ação desastrosa da Polícia Militar, porque gerou tumulto e morte. Os vídeos mostram torturas, abusos e que os jovens foram encurralados. Demonstram que os PMs são os principais responsáveis pela tragédia. A polícia precisa estar preparada para atuar em situações como essa”, disse Ariel de Castro Alves, advogado e conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), também à TV Globo.

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