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Economia brasileira cresce mais do que o previsto antes das medidas de alívio

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Reprodução/Internet

A atividade econômica do Brasil cresceu para lá do esperado nos últimos meses, mostrando resistência à campanha agressiva de aperto monetário que, até agora, não conseguiu conter as expectativas de inflação.

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Economia brasileira com indicadores positivos

A economia brasileira tem mostrado sinais de dinamismo, com o mercado de trabalho a ter um desempenho melhor do que o esperado, mesmo depois de o banco central ter aumentado as suas taxas de juro base em 11,75 pontos percentuais desde Março de 2021, para 13,75%.

A verdade é que a performance da economia brasileira surpreendeu muitos investidores, contrariando até indicadores de suporte e resistência avançado. As medidas recentemente implementadas para aliviar a dor da inflação apoiaram ainda mais a procura interna e prometem ser tema central dos debates eleitorais.

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Recorde-se que no âmbito das eleições presidenciais de Outubro, o Presidente Jair Bolsonaro obteve luz verde para um programa social multimilionário que distribui mensalmente 200 Reais em dinheiro para os mais pobres até ao final do ano.

Bolsonaro prometeu manter esse pagamento seja reeleito, mas o seu principal concorrente, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também se comprometeu com o mesmo o que despertou críticas por parte dos outros candidatos assim como uma desconfiança geral dos investidores e analistas por acreditarem que dificilmente o programa algum dia deixa de existir.

Os motivos por trás dos resultados surpreendentes

A principal explicação dos resultados positivos prendem-se com as políticas financeiras e os estímulos fiscais concedidos pelo governo se somarem com o processo de reabertura da economia depois da fase mais aguda da pandemia de coronavírus.

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Para além da retomada, mais forte do que o previsto, das economias mundiais no “pós-pandemia”, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia impulsionaram os preços das matérias-primas, o que levou a um aumento das exportações e do setor externo brasileiro.

Dito isto, nada fazia prever uma taxa de desemprego quase a roçar o mínimo dos últimos sete anos – muito perto dos 9%. Também se esperava uma taxa de inflação mais elevada do que aquela que foi registada.

A previsão anterior da inflação acabou por ser “salva” graças à política monetária aplicada mas também foi fortemente afetada pelos recentes cortes de impostos sobre os preços da gasolina, que acabou por levar a um impacto muito menor do que o esperado.

O que esperar daqui para a frente

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A previsão do futuro está longe de ser otimista para a economia Brasileira. A disputa eleitoral deste ano está envolta de grande incerteza, portanto, prever qual será a política econômica do próximo governo é uma tarefa impossível. Para além disso, somam-se as dificuldades já visíveis no cenário interno e externo.

Independentemente do resultado eleitoral, as consequências da recessão global irão chegar ao Brasil. Junto com ela virão fatores que certamente dificultam o crescimento econômico estável a longo-prazo.

Por exemplo, o aumento das taxas de juro que se tem registado em todo o mundo dificultam o investimento das empresas e o consumo das famílias Estas medidas vão influenciar o desempenho das principais economias a nível global, o que tem uma influência tanto a nível interno como externo.

Conclusão

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Graças às políticas financeiras tomadas pelo atual governo, a economia Brasileira foi capaz de surpreender todo o mundo ao obter resultados melhores do que aqueles esperados. Entre estes registou-se uma das taxas de desemprego mais baixas dos últimos anos, assim como uma taxa de inflação mais baixa do que a esperada.

Apesar destes resultados positivos, a incerteza gerada pelas eleições deste ano, assim como a atual conjuntura econômica mundial fazem com que o futuro não seja visto assim com tão bons olhos.

O aumento das taxas de juro, a recuperação econômica pós-pandemia e a guerra na Europa são também fatores que levam a querer que a onda positiva irá acabar em breve e a recessão irá chegar à economia brasileira.

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