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Em meio à queda de usuários de planos, cresce oferta de clínicas populares

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Adiel Fares durante apresentação da clínica, que fica na rua Antônio Agu, que oferece consultas médicas a preços acessíveis / Foto: Leandro Conceição

Leandro Conceição

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Saúde// Clínica Fares, inaugurada nesta quinta-feira, 7, em Osasco, atende em mais de 40 especialidades com consultas a partir de R$ 75

Adiel Fares durante apresentação da clínica, que fica na rua Antônio Agu, que oferece consultas médicas a preços acessíveis / Foto: Leandro Conceição
Adiel Fares durante apresentação da clínica, que fica na rua Antônio Agu, que oferece consultas médicas a preços acessíveis / Foto: Leandro Conceição

Por insatisfação ou como efeito da crise econômica do país, o número de brasileiros com plano de saúde tem diminuído (leia abaixo). E o SUS mostra não ter condições de atender à demanda. Pesquisa aponta que em mais de 41% dos casos o tempo de espera para uma consulta no SUS ultrapassa os seis meses. Com este cenário, tem crescido a oferta de clínicas populares, que oferecem atendimento médico a preços acessíveis.

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Nesta quinta-feira, 7, foi inaugurada na rua Antonio Agu, Centro de Osasco, a clínica Fares, que oferece consultas médicas a partir de R$ 75. O polo clínico atende em mais de 40 especialidades médicas em consultas, exames e procedimentos cirúrgicos.

“Estamos democratizando o acesso à saúde”, afirmou o dono da clínica, Adiel Fares. “Cerca de 75% da população brasileira não possui plano de saúde e o sistema público é insuficiente para atender a demanda. A Fares preenche uma lacuna séria desse sistema”.
“Fazemos cirurgias em até dez vezes sem juros, pouca gente faz isso no mercado”, disse o empresário. Apesar do apelo à classe C, o empresário diz que o foco é atender a todos os públicos. “Temos preço popular, mas atendimento de primeiro mundo”.

Foram investidos R$ 20 milhões na nova clínica, que conta com dois prédios de cinco andares e um corpo clínico de 300 profissionais, entre médicos, enfermeiros e demais funcionários. “O paciente liga hoje e tem consulta amanhã ou até no mesmo dia”, declarou Adiel Fares.

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O polo clínico de Osasco é um passo importante do plano de expansão da Fares, que tem hoje três unidades e planeja chegar a 16 espalhadas pela Grande São Paulo até 2019.

Crise nos planos e no SUS
Em meio à crise econômica no país, em 2015 os planos de saúde perderam 766 mil usuários e nos primeiros cinco meses deste ano, mais 788 mil, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Até maio, os planos tinham 48,6 milhões de clientes cadastrados.

Segundo pesquisa do Datafolha em 2014, 93% dos brasileiros avaliam os serviços de saúde como regulares, ruins ou péssimos, tanto no setor público quanto no privado. Além disso, 87% dos usuários do SUS estão insatisfeitos com o atendimento.

Sistema de operadoras de planos de saúde está degradado

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Durante a inauguração do polo clínico de Osasco, o dono da clínica Fares, Adiel Fares, fez duras críticas às operadoras de planos de saúde. Para ele, os planos deterioram “a relação médico/paciente”. Além disso, “o sistema de operadoras está degradado”.

“Eles [os planos] pagam ao médico hoje, R$ 50, R$ 60 [por consulta] e glosa [médica] de uma forma estúpida, desonesta. Ninguém mais quer atender às operadoras, dos médicos, porque, no final, [o plano] não paga, não glosa”, disparou.

“Aí [nos planos de saúde], você fala para o paciente: ‘vai lá pegar uma autorização para fazer isso’. Não consegue, ou são 4h, 5h, dois dias, três dias, para conseguir uma autorização. E o paciente acha que você que é o culpado. São extremamente desonestos com o médico e com o paciente, é um absurdo o modo como eles tratam ambos”.

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