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Escritor de Osasco é indicado ao Prêmio Jabuti

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Rafael Caputo na ponte metálica de Osasco /Foto: Arquivo Pessoal

O escritor Rafael Caputo, morador de Osasco, foi indicado ao Prêmio Jabuti 2023, considerado o maior prêmio literário do Brasil. A premiação completa 65 anos e tem como objetivo valorizar os escritores do país, além de proporcionar mais visibilidade aos profissionais envolvidos na criação e produção de livros.

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“É uma grande honra participar dessa premiação, tão relevante para o nosso cenário nacional. A escrita é uma forma de expressão artística e viver da arte em nosso país é uma realidade bem distante para a grande maioria dos artistas, quiçá escritores. Ganhar o Jabuti significa ser visto, reconhecido. Uma premiação de grande visibilidade, sem dúvida!”, afirma o autor.

Há alguns anos, Caputo iniciou uma graduação em Letras e deu início ao seu grande sonho: tornar-se um escritor. De lá para cá, foram muitos contos, poesias e crônicas. Alguns de seus trabalhos chegaram a ser premiados enquanto que outros receberam menções honrosas em diversos concursos literários. Inclusive, internacionais.

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Em 2019, foi finalista da 4ª edição do Prêmio Kindle de literatura, com seu romance de estreia “Larissa Start”. Na ocasião, o escritor ainda morava em Curitiba, estado do Paraná, mas veio à São Paulo participar da premiação, promovida pela Amazon do Brasil, Editora Nova Fronteira e Kindle Direct Publishing.

“Pocotó”, a obra indicada ao Prêmio Jabuti, é o terceiro romance do nosso mais novo cidadão osasquense. Visto pela crítica como um livro sensível e necessário, às vezes bruto e poético, que fala sobre perdas, obstinação e integridade. Fruto da sensibilidade e do talento de Rafael Caputo, “Pocotó” surge em defesa de uma pequena parcela da população brasileira. A história se passa na cidade de Belo Horizonte e tem como plano de fundo o universo carroceiro daquela região.

Sobre “Pocotó”

No curral de uma favela mineira, o menor e ex-infrator Azeitona aprende com homens e animais o verdadeiro significado da palavra: gratidão. Até que uma chacina sem precedentes muda para sempre os rumos de sua vida, e também dos cavalos dos quais é responsável; o colocando diante de um grande dilema: manter-se fiel ao próprio processo de redenção pessoal ou sucumbir aos instintos selvagens e animalescos que todos nós, incondicionalmente, carregamos dentro de si.

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Influenciado pelos ensinamentos de seu Carlim, um homem simples, Azeitona precisa lidar com diversos demônios que o consomem: abandono, revolta e rancor; enquanto busca compreender as nuances de um universo carroceiro híbrido e único. Os cavaleiros urbanos, cada qual com suas histórias, confundem-se com os animais na puxada das carroças pelas ruas da grande capital Belo Horizonte, sem saber que em um futuro não muito distante, serão obrigados a trocar de lugar com os próprios companheiros.

Curiosamente, Caputo levou apenas duas semanas para concluir o romance. Segundo ele, toda a narrativa se fez presente durante um estado febril por conta da covid-19. O autor foi acometido pela doença em 2020, antes mesmo da primeira dose da vacina, e se sente abençoado por ter superado mais esse desafio.

Conheça Rafael Caputo

Nascido em 1977, na cidade do Rio de Janeiro, Rafael Duarte Caputo mudou-se para Curitiba aos 23 anos de idade e por lá ficou até agosto do ano passado (2022), quando veio para São Paulo por conta de seu trabalho como professor e coordenador educacional.

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Ainda na adolescência, desenvolveu o gosto pela leitura. Contudo, somente na idade adulta é que conseguiu exteriorizar seus sentimentos por meio da literatura, enviando parte de seus textos para diversas antologias, revistas literárias e concursos espalhados pelo Brasil.

Sempre envolvido com essa expressão artística em particular, Caputo já fez parte da comissão julgadora de um concurso literário promovido pela Editora Folheando, de Belém do Pará; atuou como colunista da Revista Conexão Literatura e foi apresentador do programa Book Box, um talk show sobre literatura com transmissão simultânea no Brasil e Estados Unidos, onde mediava a participação de diversos escritores brasileiros sobre seus mais recentes lançamentos.

Atualmente, mora em Osasco e é membro da Academia Internacional de Literatura Brasileira (AILB), mantida pela Focus Brasil Foundation com sede em Nova Iorque, EUA.

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