Fernando Augusto
Até 19 de março está aberta a “janela” para que deputados e vereadores troquem de partido sem risco de infidelidade partidária. Com a promulgação pelo Congresso Nacional da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 182/2007, os detentores de mandato têm 30 dias para mudar de legenda sem que haja punição por parte da Justiça Eleitoral. A PEC, aprovada em 2015, altera a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2008, que entende que os parlamentares que mudassem de partido sem justificativa perderiam o mandato, pertencente à legenda.
Na Câmara Municipal de Osasco não deve haver grandes mudanças, mas articulações de vereadores da base com o prefeito Jorge Lapas (PT) nas próximas semanas podem gerar trocas. É o que admite o vereador Valdomiro Ventura (PSL), que não descarta a mudança de sigla no mês que vem. “Estamos em negociação com o prefeito e com outros partidos para ver qual a melhor opção para dar continuidade ao nosso trabalho”, diz.
O vereador Batista de Sousa Moreira, o Batista Comunidade (PTdoB), apesar de negar a intenção de sair do partido, também diz ter reunião marcada com o prefeito para discutir o assunto. A composição das coligações proporcionais é parte importante da estratégia para as eleições de outubro. “Não tenho interesse em sair do PTdoB, mas tem conversa com o prefeito essa semana e alguns partidos fizeram convite”, afirmou.
Correligionária de Batista, a vereadora Karen Gaspar diz que a tendência é continuar no partido. Seu pai, o ex-vereador Carlos José Gaspar, também filiado ao PTdoB, garante que ambos continuarão na legenda, mas apenas Karen será candidata ao Legislativo. “Estou recebendo convite para ser candidato a vice ou a prefeito”, revelou.
O vereador Olair Prado, o Maluco Beleza (PHS), também pode disputar a reeleição por outra sigla, já que o PHS mudou de comando em Osasco. O partido era presidido na cidade pelo secretário de Esportes, Tinha Di Ferreira, que foi para o PTB.
Andréa Capriotti não segue Vergínio e diz que fica no PSD
Mesmo com a saída do seu marido e padrinho político, Osvaldo Vergínio, do PSD, a vereadora Andréa Capriotti garante que continua na sigla, que participa do governo com o comando da Secretaria de Segurança e Controle Urbano. A decisão surpreende, já que Vergínio se filiou recentemente ao PEN (Partido Ecológico Nacional) e deve ser candidato a prefeito.
“Não há possibilidade de sair do partido (PSD). O presidente [Lau Alencar] nos deixa à vontade”, diz Andrea. Com o apoio fechado do PSD à reeleição do prefeito Jorge Lapas, resta saber qual será a postura da vereadora na campanha eleitoral.
