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3 mil trabalhadores tomam as ruas de Osasco

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Passeata com bandeiras de vários sindicatos e centrais passa pela avenida Maria Campos / Foto: Francysco Souza
Passeata com bandeiras de vários sindicatos e centrais passa pela avenida Maria Campos / Foto: Francysco Souza

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Auris Sousa

A quinta-feira, 11, começou diferente em Osasco. Acostumada com o barulho dos motores dos automóveis e buzinas de carros, a cidade amanheceu ao som de gritos de mobilização, apitos e cornetas. Isto porque 3 mil trabalhadores de diversas categorias saíram às ruas para reivindicar a aprovação da pauta trabalhista. A ação fez parte do Dia Nacional de Lutas, organizado pelas oito centrais sindicais do país.

Com bandeiras, faixas e cartazes, trabalhadores de diversas categorias – como metalúrgicos, frentistas, comerciários, bancários, servidores – jovens e aposentados reivindicaram jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial; fim do fator previdenciário; reajuste digno para os aposentados; mais investimentos em saúde, educação e segurança; transporte público de qualidade; fim do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização; reforma agrária; fim dos leilões do petróleo; fortalecimento do Ministério do Trabalho; democratização da mídia.

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Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno, que representou a Força Sindical, o ato foi bastante interessante e contou com uma participação ativa dos trabalhadores. Além disso, foi um movimento organizado que respeitou aqueles que quiseram participar.
“Todos aqueles que lutam pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras são muito bem-vindos. Todos aqueles que acreditam que podem transformar o país pela luta organizada da população nós queremos no movimento, sejam eles estudantes, sejam eles da defesa de qualquer segmento social”, ressaltou Nazareno, que avalia que “só assim o país conseguirá fazer a diferença” .

A avaliação do sindicalista é a mesma da diretora da CUT regional e diretora do Sindicato dos Comerciários, Ana Maria Rapini. “Através deste movimento, de todas as centrais e trabalhadores, independente de categoria, a nossa pauta será atendida”, acredita. Ana também frisou “a importância do voto consciente”.

Aposentados participaram
Aposentados participaram

Prioridade para Educação e Saúde

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Após o ato, o presidente do Cisssor (Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco e Região), José Elias de Gois, falou sobre a pauta trabalhista. Preocupado com a situação da educação e saúde no país, ele pediu para que os dois itens sejam priorizados pelos governantes. “Temos uma saúde em que pessoas morrem esperando atendimento. Nós temos um lobby de alguns médicos que se acham no direito de decidir quem vive e quem morre nas filas dos hospitais”, ressaltou.

Além disso, Gois defendeu a igualdade e justiça social no país. “É preciso que o governo administre o país com um olhar não só na produtividade, mas também nas condições de trabalho da vida dos trabalhadores brasileiros.”

Na avenida Paulista, trabalhadores de diversas categorias expuseram reivindicações / Foto: Eduardo Metroviche
Na avenida Paulista, trabalhadores de diversas categorias expuseram reivindicações / Foto: Eduardo Metroviche

Atos se espalharam por todo o país 

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Convocados pelas centrais sindicais (Força Sindical, CUT, CTB, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas), trabalhadores e trabalhadoras de diversas categorias de todos os estados brasileiros se mobilizaram para participar do Dia Nacional de Luta. O movimento inclui uma série de manifestações e paralisações por todo o país.
Em São Paulo a manifestação aconteceu em pontos na zona leste e norte, além da Avenida Paulista, onde centenas de trabalhadores se concentraram em frente ao Masp para seguirem em direção à Praça da República, onde ocorreu o encerramento da mobilização.

“Vivemos um momento importante no Brasil de mobilizações sociais. Fundamental portanto reafirmamos a pauta trabalhista em defesa dos interesses da classe trabalhadora, que são de amplo alcance social”, avaliou Miguel Torres, presidente da CNTM e vice da Força Sindical.
Para o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, “a força das mobilizações de hoje mostra que o movimento sindical está construindo a união necessária para fazer as transformações que o Brasil precisa.”

Segundo ele, nesta sexta-feira, 12, acontecerá uma reunião com as centrais, na Força Sindical, para avaliar as mobilizações de todo o Brasil.

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