Lindoso devolveu projeto enviado em caráter de urgência pelo prefeito Rogério Lins / Foto: Leandro Conceição

Leandro Conceição

publicidade

O projeto de lei que prevê a extinção da Companhia Municipal de Transportes de Osasco (CMTO), enviado à Câmara pelo prefeito Rogério Lins (PTN) gerou um impasse entre a base governista e o presidente da Casa, Elissandro Lindoso (PSDB).

A administração municipal alega, na proposta, que a CMTO é inviável economicamente e cita dados de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) feito em 2014 que apontou que a companhia tem dívidas de mais de R$ 38 milhões.

publicidade

Lindoso devolveu o projeto ao Executivo e solicitou que o estudo sobre a situação da CMTO fosse encaminhado junto a ele. A medida adiou os planos do Executivo, que enviou a proposta em caráter de urgência.

“Queria entender melhor o estudo que tem lá, da FGV, que venha no ofício, onde comprova que este (a extinção da CMTO) seria o melhor caminho, só isso. Só queria entender melhor. Ler, compreender o estudo. Preciso ver o estudo”, argumenta.

No entanto, vereadores da base governista reclamaram de “falta de diálogo” por parte do presidente da Câmara antes de encaminhar a proposta de volta ao Executivo.

publicidade

“O presidente tem a liberdade de fazer o que ele bem pensar porque a Casa é presidencialista, mas quando existe uma Mesa Diretora é para se discutir. O presidente pecou em não discutir com a Mesa Diretora. O projeto deveria ter passado pelas comissões, não passou. Ele tomou a iniciativa própria, do coração dele. Faltou diálogo”, afirma Ribamar Silva (PRP), líder do governo na Câmara.

Lindoso nega: “cheguei a falar, sim, cheguei a conversar [com outros vereadores sobre a questão]”.

Prefeito diz que projeto “faz parte do cronograma de redução de despesas” 

O prefeito Rogério Lins (PTN) colocou panos quentes no impasse. Disse ver a devolução do projeto “de maneira tranquila”. “Ele (Lindoso) tem dúvidas sobre algumas informações, das dívidas, não estava anexado [o estudo da FGV] ao projeto e nós vamos anexar”.

publicidade

Lins ressalta que a fiscalização dos serviços prestados pelas companhias de ônibus, de responsabilidade da CMTO, vai continuar sendo feito pela Secretaria de Transportes e que a extinção da companhia “faz parte do cronograma de redução de despesas para nossa cidade”.

“A gestão anterior fez um estudo mostrando dificuldades da gestão da CMTO, a gente não pode deixar em funcionamento uma empresa que aumenta a dívida sensivelmente a cada mês”, completa Lins.

Pela proposta, as dívidas da CMTO seriam pagas com a venda de bens e com remanejamento orçamentário do município.

publicidade

DEIXE UM COMENTÁRIO

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui