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O drama de Valentina: em Osasco, bebê morre poucos dias após o parto e pais acusam profissionais de maternidade negligência

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A família estava ansiosa pela chegada da pequena Valentina. Chegou o dia… 28 de agosto, Maternidade “Amador Aguiar”, em Osasco. Mas a alegria virou drama após as complicações decorrentes de problemas no parto da recém-nascida, que lutou bravamente pela vida nos seus poucos dias de vida, mas não resistiu a morreu na última segunda-feira (3). Os profissionais envolvidos no parto são acusados de negligência pela família.

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A enfermeira teria iniciado o parto, normal, sozinha, segundo a mãe, Gabriela Carneiro. Durante o procedimento, surgiram complicações e a enfermeira passou a pedir ajuda e gritar pelo médico. Três enfermeiros chegaram para ajudá-la. Mesmo após o problema no parto, a recém-nascida não encaminhada para avaliação pediátrica, segundo a família.

A mãe conta que a bebê, que não chorou ao nascer, gemia de dor e não conseguia mamar. Quando a família questionava os profissionais da maternidade sobre possíveis problemas, teriam alegado que a recém-nascida estava “com preguiça de mamar”.

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Quando, enfim, foi encaminhada ao pediatra, “muito tempo depois do parto”, segundo a família, Valentina foi encaminhada para cirurgia, quase 48 horas após o nascimento. A recém-nascida estava com hemorragia interna após supostamente ter tido o baço perfurado durante o parto.

A bebê passou por dois procedimentos cirúrgicos, até que não resistiu e morreu, em decorrência de uma infecção generalizada, na segunda-feira (3). Valentina foi enterrada no cemitério do Bela Vista.

Após complicações no parto, Valentina passou por duas cirurgias, mas não resistiu e morreu / Foto: reprodução

Afastamento e sindicância

Nesta terça-feira (4), o prefeito de Osasco, Rogério Lins, determinou o afastamento do médico neonatologista que estava de plantão e da enfermeira obstetra envolvidos no parto e nos cuidados iniciais de Valentina.

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“O prefeito de Osasco, Rogério Lins, determinou o afastamento do neonatologista e da enfermeira obstetra que estavam de plantão quando da morte de um bebê recém-nascido na Maternidade Amador Aguiar. O afastamento dos profissionais será mantido até o término da sindicância instaurada na Secretaria de Saúde”, afirma, em nota, a Prefeitura de Osasco (leia a íntegra abaixo).

Além da Secretaria de Saúde, a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura Osasco vai abrir uma sindicância para apurar as responsabilidades pelo ocorrido.

“A sindicância interna na Secretaria de Saúde é conduzida pela Comissão de Ética Médica, que analisa os fatos e cujos resultados serão informados aos órgãos que regula as profissões, portanto o CRM (Conselho Regional de Medicina) e o COREN (Conselho Regional de Enfermagem). Já a sindicância a ser instaurada na Secretaria de Assuntos Jurídicos apurará as responsabilidades civis e administrativas dos envolvidos, aplicando as punições cabíveis”, explica a Prefeitura.

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Ambas as sindicâncias serão concluídas em menos de um mês.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA OFICIAL DA PREFEITURA DE OSASCO SOBRE O CASO:

“O prefeito de Osasco, Rogério Lins, determinou o afastamento do neonatologista e da enfermeira obstetra que estavam de plantão quando da morte de um bebê recém-nascido na Maternidade ‘Amador Aguiar’. O afastamento dos profissionais será mantido até o término da sindicância instaurada na Secretaria de Saúde.
Além disso, a Secretaria de Saúde instaurou procedimento que está encaminhando para que outra sindicância seja instaurada na Secretaria de Assuntos Jurídicos, também a pedido do prefeito, e que apurará as responsabilidades pelo ocorrido.
A sindicância interna na Secretaria de Saúde é conduzida pela Comissão de Ética Médica, que analisa os fatos e cujos resultados serão informados aos órgãos que regula as profissões, portanto o CRM (Conselho Regional de Medicina) e o COREN (Conselho Regional de Enfermagem). Já a sindicância a ser instaurada na Secretaria de Assuntos Jurídicos apurará as responsabilidades civis e administrativas dos envolvidos, aplicando as punições cabíveis.
Ambas as sindicâncias serão concluídas em menos de um mês”.

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2 COMENTÁRIOS

  1. A treze anos atrás eu e minha filha quase morremos nessa maternidade porque eu não conseguia ter filho de parto normal até que meu marido exigil que fosse feito uma cesariana e o médico o questionou o valor que era uma cesariana nunca mais na minha vida voltei a esse hospital meu trauma foi muito grande por que passei e hoje vendo essa matéria vi que nada mudou passa prefeito entra prefeito e nada Osasco e abandonado vamos toma vergonha na cara políticos de Osasco

  2. Lamentável que providências só foram tomadas depois dessa perda. Há muitos médicos e enfermeiros que nos tratam com descaso, isso tem que acabar! Nada vai tirar a dor dessa família, só Deus pra confortar seus corações.

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