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Furlan peita Doria e se recusa a regredir Barueri no plano de reabertura do comércio

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"O município tem competência para dizer qual das faixas que ele está”, diz Furlan / Foto: reprodução

O governo do estado surpreendeu prefeitos e empresários e regrediu as cidades da região Oeste da Grande São Paulo de fase no plano de retomada econômica em meio à pandemia de covid-19, o que deve levar ao retorno de mais restrições na capacidade de atendimento e tempo de funcionamento de lojas e empresas, além de impedir a abertura de salões de beleza e academias. Os municípios de Osasco, Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus regrediram da fase amarela para a anterior, laranja, do Plano São Paulo.

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Na fase amarela do plano de retomada econômica, na qual estas cidades estavam inseridas, o comércio em geral têm a liberação para funcionar com 40% da capacidade de público, por até seis horas por dia. Academias, salões de beleza podem abrir, assim como pode haver consumo no local nos bares e restaurantes, todos com limitações.

Já a fase laranja, para a qual o governo de João Doria (PSDB) determinou que Osasco, Barueri, Carapicuíba e região retornem, permite funcionamento com 20% da capacidade de público em escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias. A abertura é restrita a quatro horas diárias, todos os dias, ou seis horas durante quatro dias e fechamento por três. Academias e salões de beleza não podem abrir, assim como não pode haver consumo no local em bares e restaurantes.

Reprodução
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O anúncio do governo do estado pode gerar uma queda de braço com prefeitos da região, que inclusive já vinham atuando no sentido oposto,  inclusive com medidas para aumentar a flexibilização da quarentena já na fase amarela. Como o prefeito de Osasco, Rogério Lins (PODE), que, nesta quinta-feira (6), havia anunciado a ampliação da liberação do tempo para cultos e missas, de 1h para 2h.

O prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PSDB), protestou contra a determinação do governo estadual e anunciou que não vai cumpri-la. “Fui surpreendido com a decisão do governador de regredir o nosso município da faixa amarela para a faixa laranja, fechando grande parte do nosso comércio. Todas as exigências estabelecidas pelo estado nós estamos cumprindo rigorosamente. Estamos abaixo dos índices que eles exigem que a gente tenha para permanecer na faixa amarela. Não tem nenhuma razão para estar na cor laranja”, declarou Furlan.

“Aqui, em Barueri, nós vamos permanecer na cor amarela por decreto meu”

“Aqui, em Barueri, nós vamos permanecer na cor amarela por decreto meu. Eu vou prorrogar esse decreto (que mantém o município na fase amarela) por uma razão simples: o Supremo Tribunal Federal estabeleceu o seguinte: os estados legislam a respeito disso e os municípios também. Então o município tem competência para dizer qual das faixas que ele está”, emendou o prefeito. “Nós vamos continuar combatendo esse vírus. Mas de uma forma que não destrua a economia de cada família trabalhadora da nossa cidade”.

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Já o Ministério Público Estadual afirma que prefeitos que se recusarem a seguir as recomendações do governo do estado para o enfrentamento à pandemia podem responder por improbidade.

Sobre a pandemia de covid-19 em Barueri, Furlan afirmou: “Está diminuindo a incidência no município, está diminuindo o índice de internação, de mortalidade. Nós temos hoje mais de 40% de todos os equipamentos disponíveis. UTI disponíveis, leitos de internação disponíveis, ventiladores mecânicos disponíveis… Nós estamos numa situação muito superior a muitos municípios que estão na fase verde, que é muito mais ampla a abertura”.

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