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Lula é eleito presidente do Brasil

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Luiz Inácio Lula da Silva é o novo presidente do Brasil / Foto: Reprodução Facebook

Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, derrota Jair Bolsonaro (PL) e é eleito presidente da República, aos 77 anos, neste domingo (30), no segundo turno das eleições.

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Lula esteve à frente no primeiro turno, e conquistou a presidência no segundo turno com mais de 50% dos votos válidos. O seu rival Jair Bolsonaro, que estava em busca de reeleição, obteve pouco mais de 49% dos votos até às 19h54, quando 98,72% das urnas haviam sido apuradas.

O petista retorna à presidência da República para o seu terceiro mandato em 1º de janeiro de 2023. O vice-presidente será Geraldo Alckmin (PSB).

Trajetória

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O petista tem uma longa trajetória na política brasileira, que começou na década de 1970, quando era diretor e depois eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde liderou as primeiras greves operárias. Alguns anos depois, ele fundaria também a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Em 1984, Lula foi uma das principais lideranças da campanha das Diretas Já para a Presidência da República. Em 1986, foi eleito o deputado federal mais votado do país, para a Assembleia Constituinte, que elaborou a Constituição Federal de 1988.

Em 27 de outubro de 2002, em segundo turno, aos 57 anos de idade, Lula obtém quase 53 milhões de votos e se elege pela primeira vez presidente da República. Seu mandato foi marcado pela ampliação de programas sociais e expansão nas áreas de educação e saúde, além de uma política de valorização do salário mínimo. Uma das principais marcas do seu governo foi a redução da miséria no país. Em 2006, Lula e José Alencar são reeleitos e terminam o mandato, em 2010, com a maior aprovação de um governo da história do país, superior a 80%.

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Em 2014, após a deflagração da Operação Lava Jato, que apurava corrupção na Petrobras, Lula passou a ser alvo de processos por suposta corrupção e foi condenado pelo então juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitavam os processos da operação.

Lula ficou 580 dias preso e foi proibido pela Justiça de disputar as eleições presidenciais de 2018, vencidas por Jair Bolsonaro. O ex-presidente foi solto em novembro de 2019, após o STF rever a tese de cumprimento a partir de condenação em segunda instância, passando a considerar a possibilidade apenas com o trânsito em julgado do processo.

Em 2021, julgamentos do STF consideraram que o então juiz Sergio Moro foi parcial no julgamento de Lula, e foi declarada a suspeição do magistrado, no caso do triplex, que foi anulado. Além disso, os casos do sítio de Atibaia e de duas ações penais envolvendo o Instituto Lula também foram anuladas porque deveriam ter sido julgadas pela Justiça Federal em Brasília e não em Curitiba, onde Moro atuava como juiz. Na Justiça Federal do Distrito Federal, os casos foram considerados prescritos, que é quando o estado perde o prazo para buscar uma condenação.

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Agora, sem pendências com a Justiça, Lula voltou com força à cena política na corrida pelo terceiro mandato de presidente. Durante a campanha, ele buscou ressaltar o legado das suas gestões anteriores e prometeu retomar algumas de suas políticas consideradas bem-sucedidas, como aumento real do salário mínimo acima da inflação.

Lula também afirmou que vai garantir o pagamento do Auxilio Brasil (ex-Bolsa Família) no valor de R$ 600 por família, com pagamento extra de R$ 150 por criança até 6 anos de idade. Ele também promete ampliar o programa Minha Casa Minha Vida, de habitação popular, que foi substituído pelo programa Casa Verde Amarela no atual governo.

Com Agência Brasil

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