O presidente Michel Temer decidiu manter no cargo o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, informou nesta segunda-feira, 21, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola.
Nesta segunda, a Comissão de Ética Pública da Presidência adiou a decisão sobre a abertura de processo para apurar se Geddel violou o código de conduta federal ou a Lei de Conflito de Interesses (Lei nº 12813) ao procurar o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, para tratar de um assunto de seu interesse pessoal.
A maioria dos membros da comissão já havia votado a favor da abertura do processo.
Interesse pessoal
Marcelo Calero pediu demissão na última sexta-feira, 18, alegando motivos pessoais. Depois, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmou que tinha sido pressionado pelo ministro Geddel Vieira Lima para intervir junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) a fim de liberar a construção de um edifício de alto padrão em uma área tombada de Salvador. Geddel seria proprietário de imóveis no empreendimento.
O residencial não foi autorizado pelo Iphan e por outros órgãos por ferir o gabarito da região.
Também em entrevista à Folha, Geddel admitiu ter conversado com Calero sobre a obra, mas negou tê-lo pressionado e disse estar preocupado com a criação e a manutenção de empregos.
Durante a reunião desta manhã, cinco conselheiros da Comissão de Ética Pública votaram pela instauração do processo, mas a decisão foi adiada porque um integrante pediu vista.
Com Agência Brasil