O período em que se insere o dia 1º de Maio marca um ciclo de importância fundamental para todas as categorias de trabalhadores. Neste ciclo, centrais sindicais, sindicatos e outras entidades representativas dos trabalhadores promovem atividades e eventos que, além da função de celebrarem os avanços, pontuam pautas e discussões para a busca de novas conquistas.
Várias expressões tentaram resumir o espírito deste momento, e provavelmente um dos bordões mais utilizados foi aquele historicamente associado ao primeiro operário, metalúrgico, de origem pobre, a tornar-se presidente da República no Brasil: “companheiros, a luta continua”, atribuída ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Luta não é só por garantias, mas também para assegurar o direito à vida
Infelizmente, o 1º de Maio dos paulistas desta vez será marcado por uma outra frase apoiada em dados preocupantes: a violência continua. Continua com índices alarmantes, a despeito dos esforços dos governos nas esferas federal, estadual e municipal.
No final do ano passado, o governador do estado substituiu o então secretário de segurança pública, Antonio Ferreira Pinto, pelo ex-procurador-geral de Justiça Fernando Grella Vieira. Ainda assim o resultado, traduzido nos números ora apresentados, continua muito aquém das expectativas da população.
Neste 1º de Maio, de fato, a luta precisará continuar. Uma luta não só por manter direitos e garantias dos trabalhadores nos seus locais de trabalho, mas uma busca constante para assegurar o direito à vida. Será preciso mobilizar também por ações efetivas dos governos em combate à onda de violência que assola São Paulo; uma violência que fatalmente vitima trabalhadores e trabalhadoras, pais e filhos, na porta de casa, na entrada, saída ou no exercício do trabalho.