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Acidente com robô deixa metalúrgico gravemente ferido

O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região diz que, em menos de um mês, este é o terceiro acidente grave que acontece na mesma empresa

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acidente metalúrgico
Imagem ilustrativa / Divulgação

Um acidente envolvendo um robô deixou o funcionário de uma metalúrgica gravemente ferido, em Taboão da Serra. Ele teve a clavícula fraturada, chegou a ficar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e foi transferido para um quarto, onde segue em recuperação com um dreno no pulmão.

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O caso aconteceu na quinta-feira (4). De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, o trabalhador, de 42 anos, observava algumas peças que estavam esfriando no forno quando foi atingido por um carregador móvel robotizado e caiu numa repartição da máquina. A empresa prestou socorro ao metalúrgico, que permanece internado.

O Sindicato dos Metalúrgicos diz que, em menos de um mês, este é o terceiro acidente grave que acontece na mesma empresa e o primeiro com a presença de um robô. Nos três casos, a entidade solicitou fiscalização com urgência à Gerência Regional do Trabalho, em Osasco, mas afirma que, até o momento, nenhum deles teve inspeção.

Sindicato denuncia falta de fiscalização

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No dia 15 de janeiro, um jovem aprendiz de 21 anos sofreu acidente grave na mesma empresa. Três dias depois, outro trabalhador teve parte do dedo indicador da mão esquerda esmagado, segundo a entidade.

Em outra metalúrgica localizada em Jandira, um funcionário morreu e outro ficou ferido, quando tropeçaram e caíram ao descer do misturador. O sindicato entrou em contato com a empresa e também pediu fiscalização à Gerência Regional, mas os casos ainda não foram inspecionados.

“Não temos mais o Ministério do Trabalho, as Gerências Regionais estão sucateadas. O desmonte dos direitos dos trabalhadores também é sentido no número cada vez menor de fiscais do trabalho para investigar as irregularidades e acidentes de trabalho que acontecem nas empresas”, destaca o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

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Além de denunciar a falta de fiscalização, o Sindicato defende o aumento do número de fiscais qualificados e cobra ações do governo federal para diminuir o número de acidentes que provocam amputações, mortes e doenças irreversíveis entre os trabalhadores.