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Ato contra prefeito vira disputa e tumultua a Câmara

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IMG_1913O que começou como uma manifestação de um grupo de oposição ao prefeito Sergio Ribeiro (PT), em Carapicuíba, virou uma batalha de diferentes bandeiras em frente à Câmara Municipal da cidade na quarta-feira, 21. A partir das 16hs, integrantes de um movimento
que se auto-intitula “Salva Carapicuíba”, ligado ao ex–vereador Wellington dos Santos, conhecido com Helinho, ocuparam a avenida em frente ao Legislativo com cartazes tentando sensibilizar os vereadores para votarem um pedido de cassação do prefeito por supostas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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Para o mesmo horário, a Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Apeoesp, convocou uma uma  assembleia dos professores da rede estadual, que são representados pela entidade, e da rede municipal, cuja representação é reivindicada por outra entidade, o sindicato do funcionalismo da cidade. Logo, o movimento ganhou a presença do Sindicato dos Servidores de Carapicuíba, estranhando a convocação da Apeoesp, e dos servidores de Osasco, o Sintrasp, em solidariedade
aos colegas do município vizinho.

Em poucas horas, além da forte presença policial, o ato em frente ao Legislativo ganhou também a adesão de militantes do PT municipal em apoio a Sergio Ribeiro. Os partidários do “fora Sergio” aguardavam a discussão do protocolo 1801/2013, que apresentou denúncia contra o prefeito seguida de pedido de cassação, em nome de Eduardo da Silva Santos. Um dos coordenadores do ato, o empresário e filho do ex-vereador Helinho, André Cauan da Silva Santos, garante que o movimento não é de um grupo ligado ao ex-vereador. “Nós só procuramos o Helinho para ele dar um respaldo jurídico pra gente, porque nós queríamos tomar algumas atitudes jurídicas com relação ao que está acontecendo”, disse.

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O protocolo foi rejeitado logo no início da sessão, que foi realizada provisoriamente no Teatro Jorge Amado (devido a reformas no prédio oficial do Legislativo). Os únicos votos favoráveis foram do vereador Zé Amiguinho (PDT) e Paulo Xavier (PSDB).

Sindicalistas ficaram em lados opostos

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A disputa pela atenção dos professores colocou em lados opostos os sindicalistas presentes. O conselheiro da Apeoesp, Gilmar Lopes da Silva, desqualificou a representatividade do sindicato dos Servidores, questionando a ausência de eleições na entidade. “E como é que um presidente do sindicato pode ser assessor do prefeito”, disparou. Ao mesmo tempo, cobrou condições de trabalho e melhores salários na rede municipal de ensino. Já o presidente do Sindicato dos Servidores de Carapicuíba, Jessé Cassundé, usava o microfone justamente para criticar a administração e apresentar a pauta de reivindicações da entidade. “O prefeito, junto com a Apeoesp, soltaram (sic) um edital chamando os funcionários da Educação (…) É por isso que estou aqui. Os funcionários da [secretaria de] Obras não receberam as horas extras; os professores não receberam bônus; a guarda civil tem direito a um piso de dois salários mínimos e a prefeitura não está respeitando, assim como as pajens. É por esse motivo. E a cesta básica também está defasada”, explicou.

Confusão de bandeiras

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A contradição do movimento ficou evidente quando o presidente do Conselho Intersindical de Saúde e Seguridade Social de Osasco e Região, José Elias de Góis, usou a palavra para afirmar que “a cidade tem problemas sim, mas os trabalhadores não podem ficar do lado de uma turma [referindo-se ao grupo de ex-vereador Helinho] que acabou com a cidade e é responsável por deixá-la nessa condição difícil em que o atual prefeito a assumiu”. Ao mesmo tempo, o grupo ligado ao sindicato atrás dele gritava “fora prefeito”. Comandando a retirada dos servidores, Cassundé voltou ao microfone e tentou contemporizar: “a gente é democrático, abriu o microfone para os que são contra e os que estão do lado do prefeito. Parabéns a todos pela democracia”.

Quem ficou sem entender nada foram os cidadãos e servidores que estavam ali atendendo à convocação de um ou outro grupo. “Eu fiquei confusa. Tinha entidade do estado, junto com entidade da prefeitura. Tinha um pessoal que tem denúncias contra o prefeito e eu fiquei sem entender nada”, reclamou Maria Aparecida, que engrossava o ato dos opositores ao prefeito Sergio Ribeiro.

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