As últimas duas semanas marcaram o início do corpo a corpo dos candidatos com o eleitorado na região. É fato que os lançamentos das candidaturas, a rigor, são mais uma demonstração de força e capacidade de mobilização de militância e simpatizantes do que o diálogo com o eleitor, propriamente dito.
Mas efetivamente mesmo as campanhas majoritárias já aportaram na região com a inauguração de comitês, caminhadas e outros eventos públicos.
Campanhas se mostraram tímidas em iniciar o debate com o eleitorado
Tudo bem que este seja ainda apenas o aquecimento para o início de um debate importante e necessário com a comunidade e o eleitorado, mas diante das especificidades desta eleição, encurtada por uma espécie de ressaca pós-Copa, cada dia, cada encontro, cada folheto é precioso para fornecer aos eleitores informações que permitam fazer escolhas baseadas em propostas e compromissos.
E, neste quesito, a maioria das campanhas majoritárias e proporcionais que deram a largada no contato com a comunidade de Osasco e região ainda se mostraram tímidas ou ineficientes em iniciar esse debate com o eleitorado.
Faltando dois meses para o dia da votação, programas de governo, propostas de trabalho e compromissos para o futuro ainda são pouco conhecidos dos cidadãos. Mais ainda se a questão for abordada do ponto de um ponto de vista regional.
Esse é um aspecto, inclusive, que precisa passar por uma profunda reflexão. Seria importante partir da própria classe política, entendendo os anseios das ruas e dos eleitores, uma guinada em privilégio do debate de ideias, de conteúdos e perspectivas, ao invés da busca por espaços de exposição da imagem vazia, coroada pelo marketing de números, sem mensagem nem debate real.
