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Ford para de fazer carros no Brasil e vai encerrar vendas de EcoSport, Ka e T4

Veículos da Ford comercializados no Brasil passarão a ser provenientes da Argentina, Uruguai e outros mercados

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Divulgação

A Ford anunciou nesta segunda-feira (11) que não vai mais produzir veículos no Brasil e encerrará as vendas dos modelos nacionais EcoSport, Ka e T4 quando terminarem os estaques.

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De acordo com a montadora, a produção será encerrada imediatamente nas fábricas de Camaçari e Taubaté, mantendo-se apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte continuará operando até o quarto trimestre de 2021. Em 2019, a empresa já havia fechado a fábrica em São Bernardo do Campo após 52 anos em operação.

A empresa afirma que vai manter apenas o Centro de Desenvolvimento de Produto, na Bahia, o Campo de Provas, em Tatuí (SP), e sua sede regional em São Paulo. Os veículos da Ford comercializados no Brasil passarão a ser provenientes da Argentina, Uruguai e outros mercados.

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“A Ford está presente há mais de um século na América do Sul e no Brasil e sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, presidente e CEO da Ford. “Estamos mudando para um modelo de negócios ágil e enxuto ao encerrar a produção no Brasil, atendendo nossos consumidores com alguns dos produtos mais empolgantes do nosso portfólio global”, completou.

A empresa afirma que irá trabalhar “em estreita colaboração com os sindicatos e outros parceiros no desenvolvimento de um plano justo e equilibrado para minimizar os impactos do encerramento da produção”.

Além da confirmação da produção da nova geração da Ranger, da chegada do Bronco, do Mustang Mach 1 e da Transit, a Ford também planeja anunciar outros modelos totalmente novos, incluindo um veículo híbrido plug-in.

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Em decorrência desse anúncio, a Ford prevê um impacto de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, incluindo cerca de US$ 2,5 bilhões em 2020 e US$ 1,6 bilhão em 2021. Aproximadamente US$ 1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos. Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.