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Marcha pelos direitos da classe trabalhadora

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* Miguel Torres

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O movimento sindical começou o ano antevendo o grande embate que terá pela frente, em função de uma pauta de reivindicações muito importante para os trabalhadores e de pouco interesse do governo e do setor empresarial. Estamos do lado de cá e eles, juntos, do lado de lá.

Não podemos passar mais um ano com fator previdenciário corroendo as aposentadorias, jornada de trabalho máxima (44h), salários baixos, terceirizações irregulares, acampamentos de lona por falta de reforma agrária e manutenção dos latifúndios, falta de recursos para a educação e a saúde, demissões arbitrárias e aposentadorias perdendo poder de compra.

Por isto, as centrais sindicais vão realizar no dia 6 de março de 2013, a 7ª Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília, para pressionar pelo atendimento da Pauta Trabalhista. A ação tem como lema Marcha por Cidadania, Desenvolvimento e Valorização do Trabalho e vai entregar à presidenta Dilma um documento com as principais bandeiras de luta e suas justificativas.

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O governo Dilma distanciou-se do movimento sindical, mas recebe empresários de diferentes segmentos para ouvir suas pautas que pedem, entre outras questões, a flexibilização da CLT, com objetivo de cortar direitos trabalhistas. Tramita no Congresso a medida provisória 595, que permite a privatização de todos os portos do Brasil. Se for aprovada vai precarizar o trabalho no setor, os trabalhadores vão perder direitos e terão salários achatados.

Os trabalhadores avançaram muito nas suas lutas e garantiram muitos benefícios para o País. A redução de impostos como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros e linha branca é um exemplo. Não foi uma benesse do governo. As medidas neste sentido foram adotadas por pressão dos trabalhadores, que fizeram uma ampla mobilização nacional e levaram o governo a reconhecer a necessidade da redução dos impostos para alavancar a economia, sobretudo diante dos reflexos da crise financeira internacional.

O Brasil, porém, continua muito desigual. Nossa luta pede mobilização intensa, contínua, unidade e planejamento. É isto que vai nos fazer avançar e vencer as resistências. Vamos todos marchar pela garantia dos nossos direitos, respeito e cidadania. Os trabalhadores são parte inerente do processo de crescimento e desenvolvimento do País e precisam ser ouvidos e atendidos.

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* Miguel Torres é presidente da CNTM, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e vice da Força Sindical

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