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Não à retirada de direitos

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O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Jorge Nazareno / Foto: Eduardo Metroviche
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Jorge Nazareno / Foto: Eduardo Metroviche

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As manifestações nas portas de fábrica na nossa região, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) deixam claro o posicionamento de luta dos trabalhadores: Não vamos tolerar que mexam em nossos direitos.

O ato do dia 16 demonstrou a unidade das centrais Força Sindical, CUT, CTB, CSP, CGTB, Intersindical, NCST e UGT em torno da defesa dos direitos dos trabalhadores que estão ameaçados por uma ofensiva patronal que ganhou impulso com a chega de Michel Temer à presidência da República, ainda que interinamente.

Querem, por exemplo, fazer uma reforma trabalhista. Eles divulgam que é necessário “modernizar” a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e todo o conjunto de normas que regem as relações de trabalho. Ao mesmo tempo, falam em regulamentar as terceirizações, incluindo as atividades fins. Junto a isso, querem instituir uma idade mínima para que homens e mulheres se aposentem.

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Com isso deixam claro que não se trata de “modernização”, mas sim de retrocesso em direitos e garantias mínimas e necessárias para conter abusos patronais. Patrões que já falam em aumentar a jornada, chegando a 80 horas semanais, como defendeu o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Apontam essas medidas como o caminho para gerar empregos. Sim, concordamos que é fundamental frear o desemprego, que já chega a 11,6 milhões de trabalhadores, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).

Temos propostas para isso: derrubar os juros, reduzir a jornada de trabalho, investir no fortalecimento da indústria nacional e do mercado interno. Um caminho bem diferente do apontado pelos empresários e seguido pelo governo interino. Isso deixa claro que precisamos lutar contra esse rolo compressor que quer fazer do desemprego um pretexto para nos fazer aceitar a retirada de direitos. Vamos lutar contra isso.

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