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PDT pede afastamento de Eduardo Cunha da presidência

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou rompimento com o governo, durante entrevista (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Mais um partido na Câmara dos Deputados decidiu pedir o afastamento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo. A Executiva Nacional do PDT se reuniu na quarta-feira, 21, e divulgou nota que também coloca o partido contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anunciou rompimento com o governo, durante entrevista (Antonio Cruz/Agência Brasil)
“Ele não tem condições de permanecer, as provas de seu envolvimento em corrupção são robustas”, diz pedetista (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O partido pediu “a defesa intransigente do Estado Democrático de Direito” e disse que “não compactua e não apóia qualquer possibilidade de impeachment, que não esteja dentro das regras constitucionais estabelecidas no Brasil”.
Sobre o presidente da Câmara, o PDT defendeu o seu afastamento imediato do cargo “diante da comprovada quebra do decoro parlamentar, comprovada através de vários documentos denunciados pelo Ministério Público”.

“O que vemos de verdade é uma associação de ondas negativas. A gente quer dar uma tranquilizada, pensar mais no Brasil do que em nós, do que em nossos partidos. Temos que encontrar uma saída para que o Brasil consiga se erguer nesse momento grave de crise”, disse o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, que também criticou a oposição. “Ao invés dessa postura, é preciso ajudar o Brasil e denunciar quando se achar algo grave”, acrescentou.

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O presidente do diretório do PDT em Osasco, Milton Cavalo, disse que “Eduardo Cunha precisa deixar o cargo até que o Conselho de Ética decida pela sua cassação ou não. No momento, ele não tem condições políticas de permanecer na presidência da Câmara, já que as provas de seu envolvimento em corrupção são robustas”.

Eduardo Cunha foi denunciado na Operação Lava Jato e pelo Ministério Público da Suíça, que enviou provas de contas do deputado naquele país que teriam movimentado R$ 411 milhões. Representação do PSOL e Rede abriu processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara, e ele negou que vá renunciar ou se licenciar do cargo para se defender. “Não existe essa figura”, afirmou.

Perguntado se tinha intenção de se licenciar para se defender das acusações de quebra de decoro, Cunha disse não ver “problemas” em conciliar a presidência da Câmara com a sua defesa. “As atividades são múltiplas, e eu tenho tempo para todas”, afirmou.

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STF decreta sequestro de contas de Cunha, que tem R$ 9 milhões na Suíça

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 22, o bloqueio e sequestro de 2,4 milhões de francos suíços, equivalentes a R$ 9 milhões, atribuídos ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em contas na Suíça.

A suspeita é que os valores são decorrentes de propina recebida por Cunha em um contrato da Petrobras para exploração de petróleo em Benin, na África. Segundo a procuradoria, não há dúvidas sobre a titularidade das contas e a origem dos valores.

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