Início Destaque Propinoduto: Lapas fala em “cara de pau” de Alckmin

Propinoduto: Lapas fala em “cara de pau” de Alckmin

1

“É uma tremenda cara de pau. Essa denúncia é antiga”, disse Lapas / Foto: Eduardo Metroviche
“É uma tremenda cara de pau. Essa denúncia é antiga”, disse Lapas / Foto: Eduardo Metroviche

publicidade

Leandro Conceição

O prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PT), ironizou, em entrevista ao Visão Oeste, o anúncio do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de que vai processar a empresa Siemens por formação de cartel de fornecedoras do Metrô e da CPTM: “Não adianta ir à televisão e falar: ‘vou entrar com processo’. É uma tremenda ‘cara de pau’. Essa denúncia é antiga, se fosse para investigar, já era para ter investigado”, disparou, na quarta-feira, 14.

O governador anunciou na terça o processo contra a empresa “pela lesão aos cofres públicos e ao Estado de São Paulo, exigindo a indenização total”, disse. Sobre o governo do estado ter supostamente sido enganado por tanto tempo, ele afirmou que “conluio entre empresas não é fácil ser identificado”.

publicidade

“Se o governador não tem medo, deixa [a CPI] investigar”, diz prefeito

O esquema, que envolveria pagamento de propinas a autoridades estaduais teria sido iniciado em 1997, durante o governo de Mario Covas, continuando nos governos de José Serra e Alckmin, com um custo de pelo menos R$ 425 milhões aos cofres públicos, segundo o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Além da investigação pela Polícia Federal, Cade e Ministério Público, desde 2008, a oposição tenta a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema na Assembleia Legislativa

Protesto
Um protesto contra a corrupção no Metrô e na CPTM reuniu cerca de quatro mil pessoas no Centro de São Paulo na quarta, 14, convocado pelo Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo e com o apoio de entidades como o Movimento Passe Livre (MPL).
“Queremos denunciar essa lógica de administração dos transportes em São Paulo, que funciona para dar lucro para os empresários e não para atender às necessidades dos usuários e da população”, afirmou Nina Capello, do MPL, à Rede Brasil Atual.

publicidade