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Sem-teto pressionam e recebem negativa

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Cerca de 300 pessoas lotaram o plenário da Câmara Municipal na terça-feira, 10 / Foto: Leandro S.C
Cerca de 300 pessoas lotaram o plenário da Câmara Municipal na terça-feira, 10 / Foto: Leandro S.C

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Fernando Augusto
Leandro Conceição

Uma manifestação de sem-teto, a maioria da ocupação Esperança, que tem hoje cerca de 1.500 famílias, reuniu na Câmara de Osasco cerca de 300 pessoas, segundo a organização, para pressionar pelo apoio dos vereadores na questão habitacional, na terça-feira, 10.

Eles foram recebidos pelos parlamentares, que assinaram uma moção de apoio aos sem-teto. “A gente veio com o objetivo de mover o Legislativo, de pressionar os vereadores para intervir na situação para garantir o pleito das famílias. E, com certeza, nossa cobrança não acaba aqui”, disse a advogada Irene Maestro, do Movimento Luta Popular (MLP), responsável pela ocupação.

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No entanto, em evento que acontecia em Carapicuíba no mesmo momento do protesto, o prefeito de Osasco, Jorge Lapas (PT), reafirmou a negativa da Prefeitura ao movimento. “É gente que está vindo de fora [da cidade] e nosso critério [para atendimento em programas habitacionais] é pessoas que já estavam inscritas, na fila, em área de risco”, disse Lapas ao Visão Oeste.

O secretário municipal de Habitação, Sergio Gonçalves, também já havia antecipado que os sem-teto da ocupação Esperança não podem “furar a fila” nos projetos habitacionais. Irene Maestro rebate: “A gente não quer furar a fila de ninguém, queremos pressionar a Prefeitura a cumprir seu papel”.

Ocupação não para de crescer

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A ocupação Esperança está em um grande terreno na região do Jardim Santa Fé, zona Norte da cidade, desde a noite do dia 23 de agosto, com cerca de 100 famílias, e não para de crescer, conforme antecipou reportagem do Visão Oeste publicada em 30 de agosto.

A toda hora chegam novos moradores, carregando lonas, sacos plásticos, madeira e ferramentas para montar as barracas improvisadas. Hoje, já são cerca de 1.500 famílias na ocupação. “Um vai falando para o outro. Todo mundo está aqui porque não tem onde morar”, afirmou a dona de casa Anézia Rodrigues de Souza.

O dono do terreno já entrou na Justiça pedindo reintegração de posse, que pode ocorrer a qualquer momento. Dia 18 deve haver uma audiência entre representantes dos sem-teto, Prefeitura, Ministério Público e proprietários do terreno para discutir a ocupação.

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