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Vôlei Nestlé/Osasco vence Rexona-Ades num jogo digno de final da Superliga

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A cubana Carcaces levou o VivaVôlei, como o destaque da partida, e foi a maior pontuadora, com 25 acertos / Foto: Luiz Pires/Fotojump

Vôlei Nestlé e Rexona-Ades repetiram na noite desta segunda-feira (21) as grandes finais que fizeram nos últimos anos pela Superliga. A vitória das donas da casa por 3 sets 2, parciais de 25/22, 14/25, 26/24, 19/25 e 15/10, em 2h39min, levou ao delírio o grande público, estimado em 3.500 pessoas, que lotou o José Liberatti, na despedida do time em seu ginásio nesta temporada.

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A cubana Carcaces levou o VivaVôlei, como o destaque da partida, e foi a maior pontuadora, com 25 acertos / Foto: Luiz Pires/Fotojump
A cubana Carcaces levou o VivaVôlei, como o destaque da partida, e foi a maior pontuadora, com 25 acertos / Foto: Luiz Pires/Fotojump

A cubana Carcaces levou o VivaVôlei, como o destaque da partida, e foi a maior pontuadora, com 25 acertos, embora toda a equipe teve um desempenho bastante regular para sair na frente no playoff de semifinal, tanto que fez 20 bloqueios. Em caso de nova vitória, no segundo jogo, marcado para sexta-feira (25), às 18h30, no Rio de Janeiro, o Vôlei Nestlé decidirá a competição nacional com o vencedor de Dentil/Praia Clube e Camponesa/Minas, que estão disputando a outra semifinal.

Carcaces estava inspirada e foi decisiva. A cubana, no entanto, preferiu exaltar a equipe. “Fiz muitos pontos, mas sempre prefiro destacar a atuação coletiva. Trabalhamos em conjunto e nos concentramos bastante para essa partida. Estar juntas é sempre o mais importante. Tivemos uma semana difícil e superamos a pressão que tínhamos por essa vitória. Acredito que a equipe deixa a quadra mais fortalecida mentalmente e segue avançando fisicamente. Ainda não há nada decidido, mas esse jogo foi a demonstração de que quando se trabalha em conjunto o resultado aparece”, afirmou a ponteira.

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O técnico interino Jefferson Arosti elogiou a postura da equipe. “A grande virtude foi não desistir, pois em alguns momentos deu tudo certo e, em outros, vacilamos. A equipe teve a lucidez de não se desesperar quando o Rexona nos colocou em dificuldades. Perdemos um set de 25 a 14 e poderíamos ter colocado tudo a perder depois disso, mas as meninas tiveram a tranquilidade de esquecer a parcial e brigar ponto a ponto novamente em busca da vitória. Time e torcida jogaram juntos e os torcedores tiveram paciência de nos ajudar nos períodos complicados. Eles nos deram força o tempo inteiro. Temos um objetivo em comum e todos querem estar em mais uma final de Superliga”, destacou o treinador que substituiu novamente Luizomar do grupo.

Voltando aos poucos após o susto, Luizomar contribuiu do banco de reservas como assistente técnico de Jefferson. “As duas equipes se conhecem e possuem jogadoras acostumadas a definir. A gente não vencia o Rio de Janeiro desde o ano passado e precisávamos desta vitória para mostrar a força do grupo e do trabalho. Senti as meninas um pouco preocupadas e não poderia deixar elas perderem o foco no jogo. Participei e vou seguir colaborando da melhor maneira possível. Quando estabilizamos a recepção a Dani jogou com o passe na mão e foi extremamente competitiva. Não importa quem está no comando. O importante é o Vôlei Nestlé triunfar. O meu coração está pulsando pelo Vôlei Nestlé”, disse o técnico.

Os clubes já se enfrentaram 78 vezes na Superliga e a equipe carioca leva vantagem com 44 vitórias contra 34 do time de Osasco. Nos últimos 20 jogos pela competição nacional, o Rio de Janeiro soma 11 vitórias contra nove de Thaisa e suas companheiras. São os dois times mais vitoriosos do vôlei brasileiro: dez títulos de Superliga e três Sul-Americanos pelo lado do Rexona-Ades, e a equipe de Osasco tem cinco conquistas de Superliga, é tetracampeão Sul-Americano e campeão do Mundial de Clubes, em Doha, 2012.

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O jogo
Um primeiro set digno do maior clássico do vôlei nacional. Parcial de arrepiar e que levantou o grande público o tempo inteiro. Concentrado, com garra e sacando de forma tática, o Vôlei Nestlé chegou à frente no primeiro tempo técnico, depois de três pontos da capitã Thaisa, sendo dois de bloqueio. A partir da metade da série, a cubana Carcaces assumiu o protagonismo e ajudou sua equipe a abrir 16/13. O Rexona reagiu e empatou em 20/20, mas a cubana estava inspirada e marcou quatro pontos para fechar a série em 25/22. Destaque para Carcaces, com 7 pontos, e Thaisa com 6.

Um set para esquecer. Depois de ser quase perfeito na série inicial, o Vôlei Nestlé voltou desconcentrado e errando muito. Logo a equipe do Rio de Janeiro abriu 8/6 e foi ampliando a vantagem, 16/11 até fechar em 25/14. À exceção de Carcaces, que marcou mais 5 pontos, as demais jogadoras não renderam.

O Vôlei Nestlé aproveitou o tempo de descanso para se acalmar e voltou para o jogo. E com tudo, tanto que logo marcou 8/5. As visitantes empataram em 8/8 e o técnico Jefferson parou e colocou ordem na casa. Dois bloqueios de Adenízia quase levaram o Liberatti abaixo, 11/10. Thaisa marcou duas vezes e as donas da casa chegaram ao segundo tempo técnico em 16/12. Ao marcar 18/14, parecia que a série estava definida. Engano. Uma sequência de erros de recepção e as visitantes viraram para 23/20. Mas Carcaces estava no seu dia. Fez mais dois e encostou 22/23. O final foi de arrepiar. Dani Lins empatou com um bloqueio, 23/23. Troca de pontos e logo Carcaces, forte pela ponta, deu números finais ao terceiro set, 26/24 para vibração completa do público.

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O quarto começou equilibrado com as duas equipes trocando pontos até o 7/7. A partir daí, as visitantes foram mais regulares e abriram para 16/13. Uma sequência de três bloqueios, Lise Van Hecke (que substituiu Ivna), Gabi e Thaisa, empatou em 16/16. Mas novamente a recepção das donas da casa se desestabilizou e as adversárias aproveitaram e foram abrindo. 22/17 até fechar em 25/19, levando a partida para o tie break. Destaque para Thaisa com 7 pontos.

Dois pontos de Adenízia e mais um bloqueio de Thaisa, o nono no jogo, garantiram uma boa vantagem para o Vôlei Nestlé no início do tie break, 6/1. Depois de uma pequena reação das adversárias, Thaisa e Gabi marcaram, 8/4. Nova desatenção na recepção e a diferença diminuiu, 8/7. Aí entrou em ação o ataque fulminante de Carcaces e um bloqueio de Gabi, 10/7. Numa boa sequência de saque de Lise Van Hecke, Adenízia fez dois contra-ataques, um deles de bloqueio, para abrir 12/9. O bloqueio novamente funcionou, desta vez com Dani Lins, 13/9 e mais um de Adenízia, 14/10. Por méritos, Carcaces, a maior pontuadora, fechou o tie break, 15/10 e garantiu a vitória para delírio de grande público que lotou o Liberatti.

No Vôlei Nestlé jogaram: Dani Lins (3), Ivna (5), Carcaces (25), Gabi (7), Thaisa (21), Adenízia e a líbero Camila Brait. Entraram: Suelle, Diana e Van Hecke (2). Técnico: Jefferson Arosti.

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No Rexona-Adesl jogaram: Courtney Thompson, Monique (12), Natália (19), Gabi (19), Juciely (13), Carol (11) e a líbero Fabi. Entraram: Roberta (2), Lorenne (1) e Drussyla (4). Técnico: Bernardinho.