Na quarta-feira, 15, os protestos contra as reformas da Previdência e Trabalhista planejadas pelo governo Temer e em tramitação no Congresso reuniram milhares de pessoas pelas ruas de todo o país.
Em Osasco, cerca de 2 mil participaram de manifestação na região central da cidade pela manhã. Mais de 100 pessoas realizaram ato em Barueri. À noite, protesto na avenida Paulista reuniu cerca de 300 mil pessoas, segundo a organização.
A reforma da Previdência prevê, entre outras medidas, a idade mínima de 65 anos, com 25 anos de contribuição, para homens e mulheres terem acesso à aposentadoria, e contribuição durante 49 anos para se obter o direito de forma integral.
“Essa proposta não é de reforma, mas de fim da Previdência”, declarou, durante a manifestação em Osasco, Carlos Aparício Clemente, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e região.
Na cidade, a manifestação percorreu trechos das ruas Primitiva Vianco, Antônio Agu e a avenida dos Autonomistas, que ficaram bloqueados durante o ato. Lojas baixaram as portas.
A manifestação osasquense reuniu representantes de diversas categorias, como metalúrgicos, bancários, professores, comerciários e condutores, além de entidades ligadas a outros movimentos populares, como o MTST.
“Armadilha”
“Todos nós sabemos que as pessoas que estão na rua hoje, fechando a Primitiva, estão por um só motivo: o governo Temer está armando para os trabalhadores na calada da noite. A reforma da Previdência é uma armadilha”, discursou o diretor do Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor) Luciano Leite.
O diretor do Simtratecor João Batista declarou: “Este é o movimento sindical organizado, em luta pelos direitos dos trabalhadores. Não podemos andar pra trás. Não podemos deixar o Brasil andar para trás. Estamos na rua para garantir o direito de todos os trabalhadores”.
| PREVIDÊNCIA EM PAUTA | ||
| Como é hoje | Como pode ficar | |
| Soma da idade e contribuição deve ser de 85 para mulheres e 95 para homens | 65 anos | |
| 15 anos | 25 anos | |
Alerta
“Essa proposta não é de reforma, mas de fim da Previdência”.
Carlos Aparício Clemente – diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região
“O governo Temer está armando para os trabalhadores na calada da noite. A reforma da Previdência é uma armadilha”.
Luciano Leite – diretor do Sindicato dos Comerciários de Osasco e Região (Secor)
“Vamos juntos reivindicar e mostrar para esse governo golpista que suas propostas não nos representam! Vamos falar mais alto por nenhum direito a menos”.
Álvaro Ferreira da Costa – Sindicato dos Gráficos de Barueri, Osasco e Região (Sindigráficos)
“Não podemos deixar que o governo dificulte o nosso direito de conquistar a aposentadoria. As mulheres, que já possuem dupla jornada, são as principais vítimas desta reforma. Não podemos ficar parados e morrer trabalhando. Temos que reagir”.
Amaro Pereira – presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri
