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Modelo cobra R$ 345 mil por serviços sexuais a Saul Klein em Alphaville

Jovem afirma que era "um misto de cuidadora, doméstica e acompanhante" e cobra pagamento de acordo

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O bilionário Saul Klein cercado de modelos em uma de suas festas / Foto: reprodução / TV Globo

Uma modelo uruguaia de 23 anos cobra na Justiça R$ 345 mil por serviços sexuais a Saul Klein, de 66 anos, filho do fundador da Casas Bahia, Samuel Klein, e protagonista de um escândalo sexual em Alphaville, área nobre entre Barueri e Santana de Parnaíba.

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A modelo afirma ter sido contratada em 2016, quando tinha 18 anos, por R$ 30 mil mensais para ser “modelo” nas festas promovidas pelo herdeiro em sua mansão em Alphaville e em um sítio. Na função, ela afirma que era “um misto de cuidadora, doméstica e acompanhante”, segundo matéria do colunista Rogério Gentile no Uol. O objetivo real da contratação, disse a jovem, era “alimentar os fetiches sexuais do seu empregador”.

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Saul Klein nega as acusações, diz que é um “suggar daddy” e tem sido alvo de extorsão

A modelo relatou à Justiça que na casa de Saul Klein ficavam pelo menos seis garotas durante a semana e 17 aos fins de semana. As mulheres eram obrigadas a usar saia curta, fazer aulas de ballet, ler livros e ver filmes para conversar com o herdeiro sobre as obras, entre outras regras.

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Além disso, declarou, tinham de fazer sexo sem preservativo com o bilionário, de forma individual ou em grupo.

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Saul Klein durante uma de suas festas / Foto: Reprodução / TV Globo
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Saul Klein durante uma de suas festas / Foto: Reprodução / TV Globo

A modelo uruguaia teria sido dispensada por Saul Klein em 2018 e entrou com um processo trabalhista cobrando R$ 2,3 milhões por horas extras, férias e adicional noturno, entre outros.

Advogados do herdeiro fizeram um acordo para ela desistir da ação e manter sigilo sobre o assunto com a promessa de pagamento de R$ 800 mil. Foram pagos R$ 455 mil em 29 parcelas de R$ 15,7 mil e, quando os pagamentos pararam, ela entrou na Justiça pelo restante do dinheiro.

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Saul Klein diz que não fez acordo nenhum com a modelo, que a assinatura dele havia sido falsificada e que os pagamentos de mais de R$ 15 mil à mulher não haviam sido feitos por ele. Perícia feita a pedido do Tribunal de Justiça de São Paulo apontou que, de fato, a assinatura dele havia sido falsificada e que o representante dele que fez o acordo não tinha poderes para isso.

Nos próximos dias, a modelo uruguaia deve entrar com nova ação para tentar obrigar Saul Klein a pagar pelo restante do valor acertado no questionado acordo.

Saul Klein era “sugar daddy”, diz advogado

O advogado do herdeiro, André Boiani e Azevedo, afirmou ao Uol que a modelo uruguaia era, na verdade, uma “sugar baby” e que seu cliente “jamais praticou qualquer ato ilícito ou manteve vínculo de emprego com qualquer modelo”.

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“Na verdade, foi uma das modelos contratadas por uma empresa especializada para participar de eventos promovidos na residência do Sr. Klein”, afirmou.”Ela frequentou a sua residência na condição de ‘sugar baby'”, como é chamada uma garota sustentada por um homem mais velho e rico, o ‘daddy’, no caso, Saul Klein, declarou o advogado do herdeiro.

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O bilionário Saul Klein cercado de mulheres em uma de suas festas / Foto: reprodução / TV Globo

Desde o fim do ano passado veio a tona um escândalo sexual que tem Saul Klein como protagonista. Ele é acusado de abusar de pelo menos 14 mulheres em sua mansão em Alphaville desde 2008. As denúncias são investigadas pela Delegacia da Mulher de Barueri.

De acordo com as denúncias, festas promovidas pelo bilionário em seu imóvel em Alphaville reuniam de 15 a 30 mulheres, que tinham de ficar o tempo todo de biquíni e se submeter às vontades sexuais de Saul, “inclusive de modo humilhante e a contragosto”. Entre as determinações feitas pelo bilionário às mulheres estavam “falar com a voz fina, andar com bonecas,

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Reprodução / TV Globo
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Saul Klein durante uma de suas festas / Foto: Reprodução / TV Globo

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Ele nega as acusações e, por meio de seu advogado, diz que era um “sugar daddy” (homens que têm fetiche em sustentar financeiramente mulheres em troca de afeto e sexo) e que é alvo de tentativa de extorsão. “Ele era o ‘daddy’ de todos os ‘daddies’, do qual todas as ‘babies’ gostariam de ser ‘babies’”, disse seu advogado.

Garotas de programa buscavam pagamento no caixa das lojas

Em meio às acusações contra Saul, detalhes de ações judiciais relacionadas a questões sexuais envolvendo o pai dele, Samuel Klein. Reportagem apontou que o empresário tinha o costume de mandar garotas de programa retirarem o pagamento no caixa das lojas, o que gerou ações por danos morais de funcionários.

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Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, morreu em novembro de 2014 / Foto: Reprodução

A rede de lojas já foi condenada, ao menos seis vezes, a pagar indenização por danos morais aos funcionários, que eram procurados pelas jovens, apontadas como “garotas de programa”, para retirar pagamentos entre R$ 10 mil e R$ 150 mil dos caixas das lojas, supostamente por orientação de Samuel Klein.

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