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“Não vão conseguir colocar em mim o rótulo da corrupção”, diz Witzel

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witzel governador rio de janeiro
Foto: Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se pronunciou no início da tarde desta terça-feira (26), horas depois de ser alvo da busca e apreensão na investigação da Polícia Federal que apura desvios na Saúde durante pandemia de Covid-19.

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“Quero manifestar minha absoluta indignação com o ato de violência que o estado democrático de direito sofreu. Eu tenho todo respeito ao ministro Benedito, mas a narrativa que foi levada ao ministro Benedito é fantasiosa. Não vão conseguir colocar em mim o rótulo da corrupção”, declarou Witzel.

A ação, autorizada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Bendito Gonçalves, cumpriu mandados de prisão no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, na casa de Witzel e na sede do escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel, também alvo da investigação.

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Na decisão, o ministro do STF afirmou que o Ministério Público aponta “indícios de participação ativa do governador quanto ao conhecimento e ao comando das contratações das empresas […], mesmo sem ter assinado diretamente os documentos”.

Segundo investigações da Operação Placebo, da PF, a cúpula do governo e o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas), contratado por mais de R$ 1 bilhão, teriam fraudado orçamento da instalação de sete hospitais de campanha.

O ministro do STJ alega que os procuradores afirmam “a existência de prova robusta de fraudes nos processos que levaram a contratação do Iabas para gerir os hospitais de campanha no Rio de Janeiro, tudo com anuência e comando da cúpula do Executivo”.

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A investigação aponta ainda um suposto vínculo entre a primeira-dama do Rio, Helena Witzel, e as empresas do empresário Mário Peixoto, preso no início do mês. Peixoto é dono de empresas que possuem contratos com o governo do Rio, desde a gestão de Sérgio Cabral, e permaneceram na gestão de Witzel, com a prestação de serviços, como fornecimento de mão de obra terceirizada.

Além das investigações no Rio de Janeiro, a PF e o MPF investigam também outras denúncias de crimes praticados por governadores e prefeitos em outras regiões do país. São acusações de desvio de dinheiro público e superfaturamento na compra de equipamentos médicos e na instalação de hospitais de campanha.

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