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Opinião: O Sistema

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Com o 8º maior PIB do país, município registra índices altos de criminalidade e deixa a desejar na saúde, transporte e cultura / Foto: Secom Osasco
Foto: Secom

Por Antônio Carlos Roxo – doutor pela USP, professor visitante da Unifesp-Osasco e analista do Seade
Ival de Assis Cripa, pós doutor pela PUC, membro do CEHAL, PUC-SP

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Uma das grandes questões nacionais a ser resolvida se deve à problemática da inovação. Inovação incorpora diversos aspectos. Tanto de ordem tecnológica, novos produtos ou suas novas configurações, quanto de ordem organizacional/administrativa. As inovações não repercutem só sobre o núcleo central da atividade, mas se espraiam a montante e à jusante do encadeamento produtivo, nos elos da cadeia produtiva.

O presente critério para hierarquizar os diferentes países passa cada vez mais a ter como central a inovação, não ao fazer simplesmente, mas a concepção do produto e, mais do que isso, a concepção do processo produtivo.

A existência de um sistema nacional de inovação é condição “sine qua non” para a efetividade do seu desenvolvimento. Sistema este que envolve a participação ativa do meio acadêmico, do setor privado – trabalhadores e empresários – e do setor público.

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Foi então que surgiu o CICERO – Comitê de Incentivo ao Comércio Exterior da Região Oeste, que se propõe a ser um instrumento desta aglutinação dos setores público e privado com a academia, cujo objetivo é criar um sistema que desmistifique o comércio exterior para as pequenas e médias empresas. Trata-se de um esforço que visa contribuir com a criação de uma prática e uma cultura de comércio exterior regional.

Para isso é fundamental envolver a participação ativa do meio acadêmico, do setor público e do empresariado. O CICERO, desde 2007, organizou oito seminários, dois congressos, entre outras atividades. Em 2018, ainda como protótipo, nasceu na UNIFESP a ideia do 1º SICED – Seminário Internacional de Comércio Exterior e Desenvolvimento Regional, que foi realizado em novembro, e contou com o apoio das Associações Comerciais de Osasco e de São Roque e do CIESP-Castelo e com a organização do Centro Paula Souza (Fatecs Osasco, Itu e São Roque), USP – Departamento de Pós-Graduação em História Econômica, o Departamento de História da PUC, a UNILA – Universidade da Integração Latino Americana, a Universidade de Coimbra/Portugal, a Associação de Historiadores da América Latina e do Caribe (ADHILAC-Brasil) e, naturalmente, da Unifesp – Osasco, além do próprio CICERO e do Fórum de Desenvolvimento.

O 1º SICED cumpriu o objetivo de dar o pontapé inicial para o trabalho em conjunto, criar as sinergias que permitam que as ações sejam frutíferas e contínuas.

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Ou seja, na área de Comércio Exterior está aí o Sistema de Inovação tão falado e tão pouco praticado. Apesar dos obstáculos e das dificuldades, o SICED pode se tornar um modelo a ser implementado em outras regiões.

A conjugação de esforços entre os setores produtivo, público e acadêmico nacional e internacional implica na transformação das transações externas em mecanismos de aumento da produtividade e, por consequência, da competitividade.

A organização do primeiro SICED, em novembro de 2018, e do segundo, a ser realizado em agosto de 2019, faz parte da internacionalização do Centro Paula Souza e da UNIFESP, campus Osasco, ambos respectivamente em processo de elaboração de acordo de cooperação técnica e expansão de acordo já firmado com a Universidade de Coimbra.

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Acordos de cooperação entre universidades nacionais e internacionais que pressupõem transferência de tecnologia, intercâmbio de docentes e discentes e organização de eventos que visam gerar inovação e fomentar o desenvolvimento regional.

Do ponto de vista dos interesses do setor produtivo, a exposição ao mercado externo feita de modo prudente e não açodado é positiva para as empresas particularmente pequenas e médias, mais vulneráveis, sendo mecanismo de pressão contra o acomodamento dado o paradigma de preços e qualidade internacionais.

Com esta integração haverá contribuição efetiva para o desenvolvimento regional, cujas ações de fomento devem ser pensadas levando em conta os atores supra citados. Efetivamente pela reflexão acima, as entidades já enumeradas começam a construir o 2º SICED, a ser realizado de 13 a 18 de agosto, contando com os importantes reforços, já confirmados, da Fatec de Indaiatuba e da Secretaria de Comércio e Indústria de Osasco.

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Tem tudo para dar certo!

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