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Amaro Pereira: Momento é de união dos trabalhadores contra ameaças de governo atolado em escândalos

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Amaro Pereira: Em um cenário desfavorável ao trabalhador, parceria entre Sindicato e categoria é essencial  
Amaro Pereira, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri

O Sindicato dos Vigilantes de Barueri participou, na quarta-feira, 24, da Marcha em Brasília convocada pelas Centrais Sindicais que reuniu milhares de pessoas contra as reformas da Previdência e trabalhista. É muito importante mostrarmos força contra essas reformas que vão prejudicar muito a todos os trabalhadores.

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Independentemente de questões partidárias, políticas, é fundamental neste momento a união de todos os trabalhadores contra a perda dos nossos direitos!

Não podemos aceitar que políticos envolvidos em tantos escândalos de corrupção decidam sobre questões que vão afetar tanto as nossas vidas. Além de estas reformas serem extremamente prejudiciais aos trabalhadores, elas são conduzidas por um governo atolado em escândalos, que não tem legitimidade para ditar os rumos do país.

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Com a reforma trabalhista, por exemplo, “o poder do empregado fica reduzido a pó”, como alertou a professora de sociologia Maria Aparecida da Cruz Bridi, membro da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho, à Carta Capital.

A reforma prevê, entre outros itens, que o negociado com patrões, que têm muito mais poder, prevaleça mesmo quando ficar estabelecido menos direitos do que os previstos em lei.

Além disso, o chamado trabalho intermitente deixa o trabalhador totalmente a mercê do patrão, sendo chamado apenas quando houver trabalho, sem dia e hora definida, e recebendo proporcionalmente a isso. Ou seja, adeus rotina, adeus planejamento de vida.

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A reforma trabalhista também coloca mulher grávida ou lactante em risco de trabalhar em ambiente considerado insalubre; permite o fracionamento de férias em até três vezes e limita o acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho, entre uma série de outras ameaças.

O trabalhador não pode ser enganado. Em meio a tantos ataques a direitos trabalhistas, os defensores das reformas usam o argumento de que os Sindicatos lutam apenas para manter a Contribuição Sindical obrigatória, que seria retirada.

A Contribuição Sindical, seus mecanismos de controle etc., precisam, de fato, ser discutidos. Mas o trabalhador precisa ter consciência de que há muito, muito mais em jogo nas reformas planejadas pelo governo. E que os sindicatos são o único instrumento jurídico e político dos trabalhadores.

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