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A história de Osasco registrada

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Foto: Eduardo Metroviche

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Fernando Augusto

Quem acompanha os eventos públicos de Osasco, sejam os relacionados à política, festividades, manifestações populares, certamente já viu ou conhece José Flávio Carneiro. Sempre com o gravador em punho, registra na íntegra todos os momentos da cidade.
O popular Sr. Carneiro tem um acervo de 1.230 fitas com uma hora de gravação cada. Recentemente se modernizou. Sob pressão, acabou se rendendo à tecnologia e adquiriu um gravador digital. “Eu ia à Câmara Municipal e me falavam ‘Carneiro, estamos na era da informática’. Então, quando saiu minha aposentadoria comprei este gravador”, diz, sem largar sequer por um minuto o aparelho durante a entrevista ao Visão Oeste.

Nascido em Martinópole, interior do Ceará, Carneiro veio para Osasco em 1960, ainda antes da emancipação. “Meu pai era vereador lá na cidade e não queria me deixar ir embora. Eu ia vir para São Paulo fugido, mas ele disse para sair como homem e me deu dinheiro e uma carta de recomendação para eu conseguir um emprego junto ao governador Adhemar de Barros, que era do mesmo partido do meu pai”.

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Carneiro também é missivista e cidadão de Osasco

Na Prefeitura de Osasco começou a trabalhar em 1977, na administração de Guaçu Piteri, e na atual administração se aposentou. “Após 39 anos, quatro meses e dez dias de trabalho”, diz.
Sr. Carneiro é Cidadão Osasquense, título que recebeu da Câmara Municipal em 1997. Além disso, é missivista da cidade. Escreve cartas para o mundo inteiro divulgando Osasco, enviando cumprimentos a chefes de estado, autoridades e até ao Papa. Ele exibe orgulhoso uma pasta com dezenas de respostas oficiais que recebeu de personalidades como os Papas João Paulo II e Bento XVI, o ex-presidente cubano Fidel Castro, entre outros.
A tradição de escrever cartas continua com Carneiro, até porque ele não tem intimidade com o computador para enviar e-mails. Quem descarrega suas gravações do aparelho digital é sua filha, que as passa para CDs. E o acervo não fica parado, pois Carneiro tem o costume de ouvir as fitas em casa.

“Imprensa mundial”
Carneiro passa por alguns perrengues em suas coberturas. “Muitas vezes eu ia à Câmara e me perguntavam se eu sou da imprensa. Respondo: sou imprensa mundial, o que registro vai para o mundo inteiro. Vocês são jornalistas só aqui de Osasco”.

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